Vivenciamos o dia do caçador e, convenhamos, que a muito a caça não tem vez. O ditado apresenta dias alternados e cheios de surpresas, nos filmes e desenhos animados o mocinho sempre em sua hora, por mais que sofra o seu fim é sempre feliz. Mas estamos falando de algo mais complexo e mais cruel, estamos falando da nossa realidade.
A cada dia que passa, são maiores e mais chocantes as atrocidades com que nos deparamos. A sensação é sempre de insegurança, independente de onde estivermos. É como se ser psicopata tivesse se tornado uma profissão almejada por jovens e crianças, desde seu nascimento. É como se Bin Laden sofresse um tipo de mitose e se bipartisse milhares e milhares de vezes, dando origem a Suzane Richthofen, a Alexandre Nardoni, Bruno e por último a Wellington Menezes e a outros milhares não citados, isso aqui no Brasil, sem contar suas partes em vários outros países.
A conformidade ou a falta de memória, não sei, é o maior aliado desses atentados. Na história o povo foi as ruas para tirar um presidente do poder, mas nunca na história houve um movimento grande o suficiente, para atrair a atenção dos governantes e reivindicar segurança. Não que os últimos acontecimentos tivessem como ser evitados, mas com certeza seriam mais bem julgados, dando exemplo de que pagamos, de verdade, por nossos atos e não que a redução de pena por bom comportamento ou o dinheiro que temos na poupança possa limpar nosso passado. Passado só se limpa com pena justa, junto de arrependimento e mudança de caráter.
E para termos um país assim como queremos, ainda temos uma grande luta pela frente, o que não podemos é parar de lutar, pois como disse Elisa Lucinda em seu poema Só de sacanagem, “não dá pra mudar o começo, mas se a gente quiser, vai dar pra mudar o final”.
quarta-feira, 13 de abril de 2011
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